Antes de qualquer coisa, resolvi escrever um texto mais factual, e deixar um pouco a linha do tempo da Sophia de lado.

Ontem teve reunião de início de ano na escola da Sophia. Reunião pedagógica para falar sobre o planejamento anual, o que será trabalhado e a preocupação da escola em relação ao desenvolvimento mental, motor e emocional dos alunos.

Em meio a tantos pais (alguns avós), pude notar que fiz a escolha certa em colocar Sophia naquela escola desde os sete meses de idade, afinal, só de presenciar que pais e mães ganharam tempo (me recuso a dizer que ficar algum tempo se dedicando aqueles que tanto amamos seja uma perda de tempo) para ouvir a diretora, a nutricionista e a professora de inglês conversar por mais de uma hora sobre o desenvolvimento dos nossos filhos é perceber que queremos um mundo melhor.

Quando precisei voltar a trabalhar, me vi no primeiro dilema materno: colocar ou não colocar a Sophia numa escola, eis a questão. Confesso a vocês mães que a idéia de babá para mim é algo muito distante. Quando eu era uma adolescente patricinha que sonhava que seria madame, afinal, me casaria com um homem riquíssimo que me daria uma vida cercada de mimos e luxos, imaginava sim em ter uma babá para ter alguém que ficasse junto dos meus filhos, brincando, olhando e trocando fraldas, mas delegar a educação e os cuidados à uma babá jamais. Não tenho nada contra babás, quero deixar isso muito claro, mas ir trabalhar e deixar minha filha com alguém “estranho” não me passa pela cabeça. Então era a hora de procurar a escola “ideal” para minha princesa.

Não quero falar das demais, criticar ou desmerecer, afinal, EU procurava um ideal de ensino que achei na escola em que Sophia estuda. Sinto-me extremamente feliz com minha escolha. No primeiro dia de aula eu chorava de saudade, de medo que não estivessem dando o carinho e atenção que eu dava para Sophia e pensava se ela poderia estar chorando de saudades. Quando fui buscá-la estava tão tranqüila, tão calma, tão feliz. As professoras sempre muito atenciosas nos passavam a rotina da Sophia e nos entregavam linda e cheirosa. A cada ligação que recebia no celular era um medo de ver na tela “Escola Sophia”, afinal, isso significaria doença.

Foi graças à escola que os primeiros vínculos de amizade foram estabelecidos. 

Desde o berçário, passando pelo maternal I e hoje no maternal II, Sophia vê na escola realmente sua segunda casa, melhor, terceira, a segunda é a casa da vovó (que ela chama de “i”).

Febre? Sophia teve muitas.

Mordidas? Levou duas da mesma amiga. O motivo: boneca.

Doença? Várias gripes, algumas febres e uma conjuntivite bacteriana que a deixou em casa por três dias.

Alimentação? Hoje insiste em comer sozinha, e adora!

Fraldas? Começamos a mostrar que usar o vaso sanitário é muito legal.
Notamos que a escola era maravilhosa, quando nas férias do início desse ano Sophia começou a chorar chamando pelos amigos Lalá, Dudu e pela tia Pri. Era saudade!

Sophia está no maternal II, fazendo as aulas especiais de natação e ballet. Sua festinha de aniversário foi na escola e pela primeira vez estive numa festa feliz, sem ninguém falar mal da comida, que o horário foi inadequado ou que festa de criança é muito chata.

Posso garantir que deixar seu filho pequeno na escola quando precisamos estudar ou trabalhar não é problema nenhum. Se estivéssemos em casa o dia todo, Sophia teria sido apresentada para a televisão aos sete meses e estaria perdendo grande parte do seu tempo. Quando chorasse, eu a pegaria no colo, mas pensando na panela que está no fogão ou no ferro de passar roupa ligado. Hoje, o tempo que estou com Sophia em casa é o tempo em que sentamos no chão e brincamos. Dou o meu melhor tempo para ela. Realmente, minha casa não é mais um templo de limpeza, mas meu relacionamento com minha filha é maravilhoso. 

Primeiro dia de aula!

Festinha de 2 anos na escola!