Não sou do tipo de mãe careta, mas também não curto muita liberdade; não optei por alimentação orgânica nem prefiro a cheia de conservantes; não defendo parto natural, normal ou cesariana. Desde o primeiro dia de vida Sophia tomou leite artificial mas nunca experimentou petit suisse. Nunca slinguei e mas usei o canguru, embora não tenha visto muita praticidade. O pediatra mandou queimar o andador, mas confesso que usei até o dia em que Sophia deu seus primeiros passos sozinha. Em virtude de um início de icterícia e a recomendação de banho de luz por 12/18 horas, oferecemos uma chupeta na maternidade mesmo e hoje estou no processo de tirá-la. Sophia nunca teve quarto próprio nem nunca dormiu naqueles berços dignos de realeza com direito a jogo de lençol, protetores e poltrona de amamentação tudo combinando com a decoração do quarto … pelo contrário, nos primeiros meses dormiu naqueles cestos de vime, depois foi para um berço desmontável, sempre no quarto da mamãe e do papai e hoje, com 2 anos e 10 meses (siiim, mesaniversário da princesa) divide a cama conosco porque temos hospedes devidamente instaladas no chão do quarto da princesa.
Descobri o grupo “Palavra Cantada” há pouco mais de três semanas, numa propaganda no canal Discovery Kids, que depois de dois anos e meio pudemos assinar TV a cabo e hoje deixo Sophia assistir bem feliz sua maratona de Backyardigans, LazyTown, Meu Amigãozão, Pocoyo e Barney, embora seu primeiro contato com algum vídeo infantil tenha sido depois dos sete/oito meses de idade.
Não estou aqui para dizer que EU sou o exemplo de mãe, seja boa ou má. Não estou aqui para defender ou criticar, mas sinto-me no direito de expressar a MINHA opinião sobre um “acessório” que já tinha me chamado a atenção em alguns textos e enquetes na blogosfera materna, mas que até ontem eu nunca tinha visto “ao vivo”. Na verdade, eu não sei sem como devo chamar o acessório em questão … mas não tem outro: coleira infantil ou mochila-guia! Ontem eu vi uma avó passeando feliz com seu netinho com uma mochila coleira. Eu, minha mãe e todos que por eles passavam chocavam-se com o acessório!
Tá, eu sei que criança quando começa a dar os primeiros passos mais firmes, não anda, corre! E que elas não querem ficar no colo nem no carrinho e, andar em lugar super aglomerado de pessoas com criança pequena é “complicado” mas daí “encoleirar” a criança, numa espécie de limitar o espaço dela e garantir a felicidade de todos e bem estar no passeio, sinceramente, eu não consigo aceitar isso como legal, normal, saudável! E o pior, é que acho que isso não irá realmente traumatizar a criança, mas eu quero entender a cabeça dos pais.
Sophia, minha filha, quando começou a andar, não dava descanso quando saíamos. Era um tal de querer entrar em qualquer loja e pegar tudo o que estava ao seu alcance nas prateleiras do supermercado. Realmente, a gente pensava se valeria a pena sair para se irritar, mas não consigo visualizar a cena de “prendê-la”! por uma mochila, coleira ou qualquer que seja o método numa tentativa de “segurá-la” próximo a mim. Num movimento brusco ou uma disparada em busca de um chocolate, por exemplo, eu simplesmente “puxo” a “guia” e travo seu impulso?! EI … cadê a voz ativa da mãe, pai ou responsável em ensiná-la o seu limite?! Pior ainda modelos que prendem no pulso, uma segurada e um pulso/braço quebrados. E a culpa será de quem … da criança que quis sair correndo?
Em muitos momentos, sinto que o uso desse acessório tem maior importância para aquele que “prende” não para o que está “preso”. Se a mamãe está com o frutinho no shopping, por exemplo … se o frutinho desejar entrar na loja de brinquedo, ele tentará entrar, a mãe irá “frear” seu passinhos, agora se a mamãe desejar entrar na loja de sapatos e bolsa, obrigatoriamente o frutinho terá que entrar junto. A vontade é de quem guia.
Se existem pessoas que acham um absurdo usar coleira nos cachorros e perdem horas, dias, semanas ensinando seus animais de estimação a andarem lado a lado, sem nenhum tipo de acessório, somente com adestramento porque uma mãe e um pai fariam o contrário com seu próprio filho, que é um ser humano, racional, em processo de aprendizado e sedento de informações e pronto para receber novos estímulos e ensinos?
Quem me perdoem os mais “modernos” e que venham as pedras, mas mamães de plantão, eu preciso abrir meu coração … Não façam isso com seus frutinhos! Não façam isso com vocês!
Para pesquisa essa imagem no Google, precisei procurar por “Coleira de Pulso Infantil”

Seja ela mochila-guia ou coleira infantil …

Para constar … o nome do acessório em inglês é Harness Buddy … se formos traduzir harness = arreio. Arreio é o conjunto de peças com que se aparelham os cavalos de sela ou de tiro