E eis que eu ando muito pensativa sobre a maternidade. Tenho refletido muito sobre a forma que vivo a maternidade e que o que estou fazendo com essa benção que Deus me deu. Acho que quando nós, mamães assumimos o compromisso de compartilhar nossa maternidade com mamães, mulheres e gestantes, nos colocamos numa espécie de vitrine, aonde estamos expostas para todos olharem, comentarem e darem suas opiniões.
Hoje foi meu dia de postagem no delicioso Recanto das Mamães Blogueiras e, por lá, fiz um texto, uma reflexão sobre o crescimento da blogosfera materna e os caminhos que estamos seguindo. Convido a todos para acessar AQUI e deixar seu comentário.
Mas daí que hoje me bateu um sentimento de maternidade, um sentimento de gratidão pelo #sermãe.
Não me canso de dizer e escrever que tudo o que aconteceu na tarde de vinte e nove de outubro de 2008 fui inesperado e porque não dizer, indesejado. Estava com vinte anos, fazendo faculdade, sonhando em um dia morar fora do Brasil e poder viver e aprender muito do mundo e sobre o mundo. Tinha um namorado que amava e que desejava sim que fosse meu marido e pai dos nossos filhos, mas até isso acontecer levaria anos. Que engano … foi num teste de gravidez comprado na farmácia que vi meus sonhos acabarem e meus desejos mais longínquos tornando-se real: eu estava grávida. Mas tudo bem, ainda teria nove, oito no máximo sete meses para compreender tudo o que iria acontecer na minha vida, mas não … eu tinha apenas quatro meses para colocar as ideias no lugar, mudar o rumo e o ritmo da vida e colocar os sonhos numa caixinha de música e viver a viva como ela é.
Não entendia a diferença entre parto normal, natural, humanizado ou cesariana. Não sabia da importância real da amamentação e as consequências que isso traria para mim e o bebê. Não estava disposta a trocar algumas dias de sono por noites acordadas. Não compreendia o tal “amor verdadeiro e incondicional” que muitas pessoas diziam sentir por um filho. Tudo isso e muito mais foram colocados na minha mente, nos meus braços, nos meus ombros, nas minhas costas, na minha vida no momento em que Sophia nasceu e eu tive que aprender sozinha o que era ser mãe.
Jamais vi programas, não pesquisei nada na internet e confesso que escondi aonde podia minha nova situação. Era mais fácil entregar aquele bebê nos braços da minha mãe e falar “cuida!”. Isso me envergonha profundamente hoje, mas sei que foram por essas e outras que hoje sou a mãe que sou, que posso vir aqui, diante de mulheres muito mais velhas, muito mais experientes, muito mais vividas e dar minha opinião e ser respeitada, afinal … nem sempre a idade é que nos amadurece.
Por isso, hoje, um dia muito feio na capital paranaense, chuva e frio, temperatura de 16 graus, que eu decidi refletir sobre a minha maternidade, como eu tenho vivido ela e como eu tenho apresentado ela para aqueles que por aqui passam. Será que tenho vivido a maternidade real? Será que tenho sido uma mãe que merece créditos? Será que tenho sido exemplo o suficiente para vir aqui e expor minha vida e da minha família?
E daí que olhando a chuva e sonhando com um verão que está longe de chegar, foi que me lembrei da beleza e da maravilha que é o mar e o quanto vê-lo me faz bem, principalmente depois de quatro anos sem senti-lo, afinal de contas, nem um maiô daqueles bem grandes e feios me fariam bem o suficiente para “desfilar” meu melhor estilo Free Willy.
E não é que percebi que a maternidade muito se parece com o mar! Da sua grandiosidade às experiências, da descoberta ao conhecimento … em muito, o mar e a maternidade se igualam.
Deixo aqui com você minha reflexão, meu desabafo, meus sentimentos. Quem quiser, pode copiar, colar e divulgar! Ficarei feliz em ver meus pensamentos soltos traduzidos em palavras soltos por aí!

8 comments
Que linda postagem amiga, fiquei emocionada, ainda mais porque tambem tive uma gravidez indesejada no inicio.
Realmente nossa vida com os filhos é como o mar.
beijos
maede4princesas.blogspot.com
Que lindo amiga, adorei a imagem, o texto ficou ótimo…beijos!
que lindo máma, me emocionei muito. até deu vontade de conhecer o outro mar…
Oi Marcella,
Ótima a sua reflexão. É
sempre bom estarmos nos questionando, vendo os nossos passos e atitudes.
Tenho certeza de que você
tem sido sim uma mãe real e que está vivendo a maternidade em sua plenitude.
Adorei a comparação da
maternidade com o mar.
Só não acredito que você
está há 4 anos sem dar um mergulho. Nossa, como consegue? Eu sou priaeira e nem ligo para o meu estilo
Free Willy.
Uma semana maravilhosa e
repleta de felicidades para você.
Beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/
Ahhhhhhhhhhhh
vc sempre com suas lindas reflexões
vc nasceu pra ser mãe
nasceu pra ser poeta
amoooooooooooo
bjs
Muito lindo texto!!! COmo eh lindo ser mae! Acho que nao existe sentimento mais lindo nao!!!! Parabens!
Má, não é por achar que não merecemos ou que não temos experiência… que não podemos dividir nossas experiências. Cada blog é válido pois expõe opiniões diferentes e assim refletimos se o que estamos fazendo é o melhor para nossos frutinhos. Não é mesmo?! bjos e parabéns sempre por esse cantinho lindo. bjos
Má,
Acho que ser mãe é uma experiência única, independe de idade, de nº de gestações, enfim, seus posts são reais e muitas das vezes, me encaixo neles.
Não se preocupe, está tudo de vento em popa.
BeijinhosAlinehttp://festascriativasbyalinegago.blogspot.com