A cada novo dia tenho descoberto que o
mundo da maternidade é tão grande e tão complexo que não posso afirmar que sei
o que é ser mãe, afinal, sempre tem alguma coisa nova para aprender e, posso te
contar um segredo logo de cara?! Nesses sessenta e dois meses, eu acho que
aprendi igual ou mais com Sophia do que eu ensinei algo a ela … sim sim sim
amiguinhos, os filhos nos ensinar, nos ensinar a ser mãe, nos ensinam a sermos
melhores e nos ensinam o que devemos ensinar a eles!
Há alguns dias peguei o álbum de
fotografias da gatoca … folhei uma, duas, cinco, dez páginas de fotos desde o
nascimento até o terceiro, quarto, no máximo sexto mês de vida dela pois a
partir desse momento eu parei de revelar fotos, afinal, grande parte está salva
em vários computadores, CD’s, celulares, cartões de memória. Quando descobri
que parei de revelar fotos, parei para pensar no que eu, ops, nós vivemos
durante esse tempo “não registrado” e como é que chegamos aqui.
O período da gravidez foi o mais rápido
e curto possível, já que minha gravidez durou pouco mais de quatro meses. O
primeiro ano de vida da Sophia eu estava em stand-by,
gosto de comparar meu estado ao do personagem de Adam Sandler no filme Click
quando ele começa a pular momentos “ruins” da vida e se depara que dias,
semanas, meses, anos passaram e ele nem percebeu, essa fui eu no primeiro ano
de vida materna aonde eu não vi o tempo passar e quando notei já estava na
festa de um ano da minha filha.
Sophia falou tarde, andou tarde,
desfraldou tarde … acho que tudo que adiantou sobre sua vinda atrasou nas
etapas do seu desenvolvimento. Não, não estou dizendo que houve atraso no
sentido cognitivo, estou me referindo ao tempo se comparado a maioria das
crianças, andar por exemplo foi com 1anos 3meses e 5dias!
Eu voltei a trabalhar com a minha mãe
quando minha princesa estava prestes a completar sete meses de vida e por isso
optei coloca-la na escola, os primeiros dias, as primeiras semanas, os
primeiros meses foram horríveis, mas hoje eu vejo que para nós foi uma
excelente opção. Decidi que o tempo que estivesse com minha filha, na minha
casa, com meu marido seria um tempo precioso, um tempo integralmente dedicado a
eles, a nós … isso significa que arrumação, limpeza e organização não é o forte
da nossa casa.
O tempo passou, a maternidade e Sophia
se desenvolveram, mas algumas coisas não mudam, como por exemplo eu revelar
algumas muitas fotos que comprovam que diante dos pitacos e algumas
expectativas, nós estamos crescendo: eu como mãe, Sophia como criança e é aí
que eu descobri que não tenho mais bebê em casa, tenho uma criança, uma
menininha esperta, falante, que adora pintar e bagunçar.
No último domingo foi feriado de Páscoa
e sabíamos que iriamos almoçar com a família do papis, então semana passava
tivemos que ir ao mercado comprar os ovos de chocolate dos nossos sobrinhos,
fomos em família escolher os ovos para eles e Sophia pediu para escolher um,
deixamos … ela escolheu um de chocolate branco. O final de semana chegou e
gatoca ganhou dos meus pais na sexta-feira os ovos de chocolate, chegou em casa
e guardou. No sábado ela pediu para dormir na casa dos avós e eu questionei o
fato do dia seguinte ser Páscoa e como ficaria os ovos de chocolate que o
coelhinho iria deixar e ela prontamente me respondeu: “mais mamãe, a gente já comprou no mercado meu ovo, não tem problema”,
tão simples, tão prática, tão feliz! Até comentei isso no meu perfil pessoal do
FB e muita gente comentou, lamentou e sugeriu que eu revivesse essa lado lúdico
da infância e, posso ser sincera, não vejo mal algum em Sophia não acreditar do
coelhinho da Páscoa, para mim o mais importante é ela saber o verdadeiro
significado da Páscoa: ressurreição de Jesus.
Quando fomos buscar a princesa na casa
dos meus pais para irmos viajar pro almoço de Páscoa, na cadeirinha do carro eu
coloquei um coelho de pelúcia, o ovo de chocolate e um copinho descartável com
algumas bolinhas daquela que pulam que a gente compra em máquina com moeda
sabe!? Na hora que eu abri a porta para ela entrar no carro, ela tremia de
emoção e felicidade, não pelo coelho, nem pelo chocolate … foram pelas
bolinhas pula-pula. Okay, o conjunto da obra foi “perfeito”!

Depois dessa verdadeira maturidade
infantil, eu só podia deixar minha gatoca fazer seu primeiro passeio “sozinha”
com a escola! Não preciso nem dizer que não dormi direito, passei a noite
anterior e o dia inteiro em oração e supliquei para o papis ir até o zoológico
fiscalizar o passeio, seguir o ônibus, ficar atrás das crianças mas ele me negou,
disse que eu precisava relaxar e confiar …. precisei ir pessoalmente busca-la
na escola para ter certeza que estava bem, segura e principalmente feliz!
Pois é, ontem eu tive certeza de que
não tenho mais bebê em casa … ela cresceu!

Beijos e comenta,