Olá mamães, tudo bem!? Eu espero que
sim!!
Hoje o post é um misto de desabafo, confissão e uma certa wishlist. Preparada!? Então vamos lá …
Minha vida não foi assim, muito
abastada … me lembro muitíssimo bem de ter em meu quarto apenas duas camas,
sim, esse era meu quarto: uma cama para mim outra para minha irmã. Com o tempo
ganhamos um guarda-roupa sem algumas portas. Minha grande bicicleta, aquelas de
“gente grande” minha mãe ganhou num sorteio do supermercado e tive apenas cinco
bonecas Barbie na vida, duas delas
ganhei com mais de quinze anos: uma doada por uma amiga da minha mãe que a
filha de seis anos ganhou três iguais de aniversário e outra comprei com meu
salário nas Lojas Americanas e estava em promoção por R$14,99.
Quando criança meu maior sonho era ter
três jogos: Jogo da Vida, Detetive e Banco Imobiliário … não vou negar que ainda sonho em tê-los, mas
quando era criança era sonho da vida. Quando tinha uns sete anos, no Natal, fui
visitar minha tia que também é minha madrinha e quando cheguei lá vi meus
primos mais velhos brincando de Banco
Imobiliário Junior
, fiquei olhando e desejando não apenas jogar como também
ter um. Depois que eles jogaram, guardaram e “embalaram para presente” com o
resto do que sobrou da embalagem original … achei estranho. Um tempo depois
minha tia chegou perto de mim e falou: Feliz Natal, a tia comprou pra você mas
os meninos já jogaram, acho que não perderam nenhuma peça. Chorei de raiva,
tristeza e emoção, afinal, mesmo que todo amassado e com algumas cédulas de
dinheiro já rasgadas, eu tinha o jogo que tanto sonhei.
Durante alguns muitos anos vivemos
tempos de vacas anoréxicas, daquelas que para comer dependíamos de doação da
Igreja e pessoas abençoadas, e confesso que não entendia muito bem naquele
momento o que isso significava, estava com treze anos e só queria viver o final
da minha infância, coisa que já não tinha pois estava trabalhando já. Como
forma de “salario”, ganhei no dia das crianças o tão sonhado jogo da vida, nossa, chorei de
felicidade … porém, não havia ninguém com disposição para brincar comigo, mas
isso não me impedia de ser dois carrinhos e brincar sozinha mesmo.
Não vou mentir, invejava sim o quarto
das minhas amigas. Invejava elas terem bonecas, brinquedos, jogos, televisão,
vídeo game e tantas outras coisas. Meu quarto depois que voltei para Curitiba
tinha guarda roupa e cama, mas nunca tive brinquedos, enfeites ou sequer
decoração. Sempre fui arteira e como me auto nomeei: rainha da gambiarra. Para
decorar o guardo, comprava adesivos grandes e colava na parede; como não tinha
dinheiro para comprar aqueles incríveis murais de metais para bilhetes e fotos,
colava na porta do armário para incrementar, decorar.
Embora tenha passado muita vontade, se
assim posso chamar minha infância e adolescência, não vi nisso um motivo para
oferecer o possível e impossível de brinquedos para Sophia. Pelo contrário,
descobri com a minha vida que o menos sim e mais, pois quando brincava de Barbie, por exemplo, conseguia apenas
usar duas, então porque ter vinte!? A vontade claro que era ter cem, mas
sejamos realistas, pra que!?
Omitir o fato de existir o dia das
crianças é impossível, mas fazer desse dia uma obrigação de ganhar presente,
isso me incomoda. Quem sabe o que realmente me incomoda é o misto de valores
absurdos de brinquedos com a total “desapegação” das crianças por esses
brinquedos. Tenho a impressão e sensação que tem mais tem, menos dá valor. Em
tempos de pré dia das crianças é fácil ouvir “quero esse”, “mamãe é bem esse
que eu adoro” … a cada nova propaganda um novo desejo, um novo amor.
Não estou falando que aqui não tem
brinquedos, claro que tem … mas sem exageros e loucuras. Também não vou dizer
que vivemos de imaginação, já fiz loucuras sim, mas tudo tem um limite. Neste
momento Gatoca deseja um Diário Secreto
da Ever After High
, confesso que eu não tenho a menor coragem de pagar o
valor pedido, por isso ela esta juntando dinheiro para comprar, assim, entende
que quando saio para trabalhar e “ganhar dinheiro” não é assim tão fácil, por
isso, a cada trabalho bem executado dela e mais o presente da fada do dente,
aos poucos ela está juntando!
Por isso nesse doze de outubro o
presente aqui em casa será estar presente. Gatoca pediu que a gente –ela, eu e
papis– fossemos pescar e “acampássemos” na sala. Não sei se já te contei que uma vez, durante as
férias de inverno ela pediu para a gente dormir na sala e levamos o colchão do
nosso box para lá!? Imagine um colchão king
size
no meio da sala de estar!? Pois é … pior que acabamos ficando por lá
quase um mês. Sim sim sim, somos desses pais mesmo, hahahah! Acho que dessa vez
será só por brincadeira mesmo, pegar lençol, vassouras e rodos e “partiu
cabaninha” né!?
E por aí, como será o dia das
crianças!?

Beijos e comenta,