Já faz algum tempo que estou para
escrever esse
post, mas nunca vinha A inspiração, OS exemplos, OS
argumentos … mas para falar disso descobri que não precisa nada daquilo,
basta ser uma mãe conversando com outra mãe, embora eu saiba que muitas me
verão como um alvo para arremessarem pedras, dardos e o que mais estiver ao seu
alcance, mas vamos lá, vamos começar!
Eu sempre fui muito infantil … e
quando digo infantil, é criança mesmo! Casei com o Kevin Scott Richardson com
treze anos (viu, ainda sei o nome dele completo e, posso garantir, até hoje “celebro”
o aniversário dele); brinquei com as minhas cinco Barbies até uns quinze anos sem nenhum tipo de problema; sonhava em
ter um quarto cor de rosa e, como meus pais nunca permitiram comprei adesivos
da Hello Kitty e decorei o quarto;
no meu aniversário de dezesseis anos ganhei da minha irmã uma almofada linda do
Bob Esponja, só me desfiz dela pois
rasgou quando Sophia nasceu; meu primeiro blog na vida, criado quando Sophia
nasceu se chamava Mamahland e o layout
era todo rosa; meu filme favorito é Meninas
Malvadas
… esse é meu mundo, essa é minha vida!
Fui me interessar por salto alto
com mais de vinte anos e garanto que acho muito mais lindo do que prático ou
confortável. Maquiagem, aprendi o que era, como usava e para o que servia na
faculdade, tanto que errava feio no blush,
quem me via achava que eu tinha ido até o Caribe tomar um sol antes da aula,
tal era meu bronzeado.
Já escrevi aqui no blog que antes
da vinda da Sophia eu era imatura, infantil e imbecil e,
vou além, não tenho vergonha nenhuma em assumir isso, pois acho que isso faz
parte da minha história e mostra o quanto a maternidade tem o poder de ensinar.
Aonde eu quero chegar?! Na
infância da Sophia! Escrevi um post
sobre o dia da infância *AQUI* e foi
nesse dia que eu comecei a parar e pensar no que eu quero para a MINHA filha.
Existe uma marca de roupa infantil
muito famosa, acho que a marca nacional mais conhecida que eu não consigo
suportar, para você ter uma noção nunca comprei nenhuma roupa da marca pois
para o meu gosto, ela quer transformar uma menina, uma criança em uma
adolescente, uma mini-mulher! Não, minha filha não é mulher, ela é menina, uma
criança!

Desculpe se você gosta, mas eu não
gosto de meninas de três a seis anos usando bota cano longo com saltinho, meia
calça ou legging com mini saia ou shorts.
Isso não é roupa de criança … e sabe por que eu digo que não é: porque não é
confortável! Roupa de criança é roupa que ela pode brincar, pular, correr e se
sujar sem a gente querer brigar com ela.
Eu não sou contra Sophia olhar
minhas maquiagens e desejar passar batom e blanchento
(até falei disso durante o programa Conversa
Delas
*AQUI*), mas ela jamais
sairá de casa só depois de estar maquiada, coisa que já vi muito por aí!
Eu não sou contra Sophia mexer no
meu celular ou tablet, mas eu jamais usarei isso como um entretenimento ou um tranquilizante
para ter “paz”.
Quando eu era criança, lembro de
ter vivido uma situação que me marcou e, principalmente, me ensinou. Minha mãe
estava conversando com uma pessoa que tinha uma filha da minha idade, e eu
estava brincando com essa menina. Em determinado momento essa menina desejou
alguma coisa bem fora da situação e ela foi pedir para a mãe dela, enquanto ela
conversava com a minha mãe … pois bem, a menina não somente interrompeu, como
perguntou o que a mãe falava e a mãe parou de falar com a minha mãe, explicou
toda a história para filha, atendeu ao pedido dela e mais, ouviu a opinião da
menina. Juro, eu não tinha mais do que seis anos e aquilo me indignou de uma
tal maneira … na hora pela desrespeito para com a minha mãe, hoje pela total
falta de educação. Hoje tenho notícias da menina e ela continua mal educada e a
mãe fazendo todas as vontades, inclusive sustentando uma filha formada, pós
graduada pois não consegue emprego, afinal, ninguém para para atender aos
pedidos dela, contar o que fazer e passar a mão na cabeça.
Claro que a discussão vai muito além disso! Não entrarei na discussão dos concursos mirins de beleza, da exposição de mulheres quase nuas em programas de televisão em horários em que há a possibilidade de uma criança estar assistindo televisão com sua família ou mesmo a própria influência familiar desde dos primeiros anos de vida. Já vi muitos pais iniciarem a vida dos filhos como “modelos” não somente por acreditarem na beleza dos seus filhos, e não que eles não sejam lindos, mas já começa aí uma batalha pelo cabelo perfeito, corpo perfeito … sim meus amigos, a criança ter que alisar cabelo pois a campanha pede criança loira cabelo liso olhos azuis! Isso é ser criança?!


Ser mãe exige um crescimento e uma
maturidade muito grande e que não tem curso, faculdade, pós graduação que
ensine … daí entra a benção dos blogs, aqui a gente fala da maternidade real,
das aventuras e desventuras.
Eu acredito que criança tenha que
ser criança o maior tempo possível. Tem que saber o que é correr e cair, pular
e machucar, tem que ter joelho raspado e roxo na canela.
E você, o que acha?!
Beijos e comenta,