Sophia está com 2 anos e 2 meses e agora que começou a curtir as datas comemorativas. Esse ano, com a “maturidade”, ela já está sabendo por exemplo que esse final de semana tem Páscoa. Na verdade, o significado da Páscoa está muito longe dela compreender, mas que o coelhinho da Páscoa vai trazer ovos de chocolate que tem brinquedo dentro, aaaaaaaah, isso ela já entendeu.

Aqui em Curitiba, as parreiras de chocolate começaram a ser montadas nos supermercados logo depois do carnaval, e desde então, quando vamos fazer compras, Sophia já fala “oh, oh, oh mamani”, e eu enrolo “é né filha, que lindos os ovos de chocolate, mas são só pra Páscoa, quando o coelhinho deixar lá em casa”. E deu certo, ela nunca pediu, chorou ou fez birra porque não saiu com um ovo de chocolate do mercado, diferente de muitas crianças mais velhas que elas que fazem cada escândalo!

Sempre curti datas especiais; Páscoa, Natal, dia das crianças, meu aniversário. Sempre desejei que meus pais fizessem aquelas pegadas de coelhos e escondessem a cesta (nunca ganhei cesta nenhuma, sempre foi um ovo de chocolate que sempre era dividido por todo mundo). No Natal, sempre esperei que o Papai Noel aparecesse na ceia e entregasse os presentes (na minha família nunca teve aqueeeeela ceia de Natal de novela e filme, sempre jantamos cedo porque meu avó estava com sono e passada meia-noite já ia todo mundo embora da casa da minha avó). Dia das crianças eu me lembro de poucos, como a vida não era tão abundante financeiramente, ganhava sempre a Barbie da promoção. Meu aniversário sempre foi muito festejado, por mim! Tive apenas duas festas que pude convidar todos os amigos da escola, sempre foram 5 amigas, minha prima e minha tia. Isso nunca me traumatizou ou sequer me fez ser infeliz, pelo contrário, sempre desejei que quando fosse mãe e tivesse uma família teria mais atenção a essas datas que para mim são especiais. Acho que é por isso que estou festejando tanto essa Páscoa.

Não quero que Sophia viva num mundo encantado, cercado de mimos e que a faça uma menina alienada, longe disso, eu quero uma filha lúdica, feliz, que saiba dar valor a pequenas coisas, sem se importar com o valor delas. Eu não ganhava a Barbie Noiva, mas ganhava uma Barbie linda que me fazia muito feliz. Eu não tinha a casa da Barbie, mas ensinei minha amiga (a tia Lu) que com três fitas VHS se fazia uma mesa de jantar e com duas um sofá. Isso para mim era a melhor casa que meu lado lúdico e feliz me proporcionava, e podem perguntar para a tia Lu, ela gostava da minha casa, a gente nem abria a mansão da Barbie.

Essa semana está sendo muito especial na nossa vida familiar. No sábado tivemos a primeira apresentação da Sophia na escola, era a entrega do projeto “meu primeiro livrinho”. O sapo Adauto conta a história do sapo Adauto, um sapo que era muito triste porque todas as crianças cantavam que ele não lavava o pé e por isso tinha chulé, o que é uma mentira, ele é bem asseado, adora banho, escova os dentes, passa talco e não tem chulé. Que história mais linda! Foi emocionante ver Sophia com os amigos e conhecer melhor cada um deles e como eles se sociabilizam.

Daí ontem foi o Dia do Índio e eu recebi em casa a Pocahontas mais maravilhosa do mundo! Que princesa amada! Estava toda feliz e sabia imitar os índios (sabe aquele movimento de colocar a mão da boca e tirar rapidamente fazendo oh oh oh oh …). Que lindeza!

Hoje deve vir surpresa de Páscoa, pediram um pote de sorvete vazio para a confecção na mesma. Agora é esperar o final da tarde para buscar minha coelhinha e encher ela de beijinhos. E vamos ver como será domingo!

Para todas … uma feliz Páscoa!  

19 de abril – Viva o dia do índio!!

Mamany e a coelhinha mais amada!