Ehh, a rotina nossa de cada dia! Voltei! Depois do susto com a bisa Olívia (minha vovó), veio uma amigdalite na minha mamãe, provavelmente em virtude dos acontecimentos com minha avó, mãe da minha mãe, a imunidade baixou e ela quem ficou de cama, daí mais uns dias de férias e nessa segunda-feira, tudo volta ao normal, se Deus quiser!
Antes de qualquer coisa, preciso anunciar quem foi a vencedora do sorteio da Tikebum Etiquetas Personalizadas. Confesso que fiquei bem triste quando vi que quatro amigas participaram do sorteio. O importante é que vocês participaram. Então … o kit de etiquetas personalizadas Tikebum vai para…….

As participantes


Parabéns!! Mil desculpas pela demora em publicar e sortear! A Tikebum já está confeccionando seu presente e enviará para você! Daí, peço que escreva para mim como foi receber seu kit Tikebum!
Depois de muitos sustos e correrias, estamos melhores. Minha avó está bem, graças a Deus e minha mãe já está melhor. Incrível como uma notícia pode nos trazer coisas boas e ruins. Olhem isso! Minha mãe não agüentava de dores no corpo, e começou com febre. No sábado, sem agüentar mais, foi para o hospital. Lá foi atendida por uma médica suuuuuuper abençoada que provavelmente estava muuuuuuito feliz em estar de plantão no sábado a tarde. Minha mãe entrou na salinha de atendimento, narrou todo seu quadro e a médica disse que ela não tinha nada. Minha mãe acrescentou a narrativa o fato que tivemos a noticia da queda da minha avó, que precisamos viajar as pressas para Cruzeiro do Oeste, e a médica respondeu “Não estou aqui para saber do que aconteceu na sua vida, quero saber por que você está aqui” …. Depois desta pérola, a abençoada verificou as amígdalas e viu uma infecção. Perguntou se minha mãe tinha algum antibiótico, antiinflamatório em casa, minha mãe respondeu “Tenho XXXXX, porque tive pneumonia no início do ano”. A médica olhou pra ela e num tom muito “auspicioso” comentou “Nossa, você está azarada hein! Pneumonia no início do ano, agora amigdalite”. Meu, na boa, com uma médica plantonista dessa, pra que antibiótico! Só de agüentar ouvir essas bênçãos, já significa que você está bem de saúde, física, mental e espiritual!
Como uma palavra pode acabar com o nosso momento, dia, até mesmo nossa vida! Eu não sei se alguma de vocês já passou por momentos assim, de ouvir, ter que ouvir algo que você tem certeza que não precisava ouvir! Eu ouvi muuitas coisas quando engravidei. Desde a pérola mágica da minha sogra “Mas você não toma pílula”, comentários de pacientes do tipo “Agora é ver o que vai fazer, porque se eu fosse você Marly (Marly é minha mamãe), eu deixava passar necessidade para ver se aprendia” ou até mesmo “Mas, a Marcella não deu o golpe da barriga, já que o moço tem dinheiro” …. melhor deixar quieto né?!
Mas aprendi que a palavra de tanto poder, mas tanto poder, que ela exalta ou despreza uma pessoa. E mais do que aquilo que falamos, é como falamos, e ainda tem como a pessoa interpreta! Muitas vezes, é daí que começa uma fofoca, e com isso o término de uma relação, seja ela entre casais, amigos. Quer um exemplo. Vou contar algo que aconteceu comigo, e não tem muito tempo.
Estudei quase minha vida inteira num mesmo colégio aqui de Curitiba. Foi lá que conheci o Ramon. Nesse mesmo colégio, tinha um grupo de amigas; nos conhecemos na quarta série do ensino médio. Umas ficaram mais tempo, outras menos, mas o que importa é que enquanto estudávamos juntas éramos amigas. Brigávamos, mas sempre fazíamos as pazes. Sempre tive mais afinidade com uma delas, e nesse tempo, foi a única que mantive a amizade. Pois bem, há um ano e meio, mais ou menos, uma delas resolveu reunir todo o pessoal para um encontro. E nós fomos. Foi muito gostoso, muito divertido, rever, relembrar, dar risada, afinal todos haviam crescido! Como eu e Ramon morávamos sozinhos, tínhamos nossa própria casa, começamos a marcar encontros quase que mensais na nossa casa. Fizemos churrascos, jantares.
Não sei se isso acontece com vocês, mas, eu só abro a porta da minha casa para quem eu gosto muito. Não consigo receber alguém que não queria estar recebendo.
Enfim, com o passar o tempo, fui notando e sentindo que minha casa e, conseqüentemente eu, só éramos lembradas quando precisavam dela. Mas achei que fosse um sentimento meu, afinal, era notório que enquanto todos, ops, todas se falavam, se encontravam, eu só era lembrada quando precisavam da minha casa. O tempo passou, esse sentimento aumentou, até que nos mudamos e eu fui cobrada por não ter “comunicado que eu me mudaria; que eu não havia perguntado, pedido sugestão sobre minha mudança” … ??????? Depois desse fato me afastei. Fui procurada pelas minhas “amigas”, afinal, elas queriam conhecer minha casa nova (??????) e eu mais uma vez abri! Pedimos uma pizza e quando fui ao quarto fazer Sophia dormir, acabei adormecendo junto. Depois disso, não houve mais encontros. Em dezembro do ano passado, fui ao “Encontro com Deus” e minha irmã procurou essas “amigas” para que elas me escrevessem um carta. Duas escreveram! Chorei com ambas. Para uma delas, aproveitei uma ligação que precisei fazer para pedir um favor para agradecer, uns cinco dias depois; para outra, mandei um email sete dias depois.
Passaram-se meses, quando nos reencontramos. O clima era outro, mas não sabia porque! Dias depois recebi um email de outra terceira amiga “eu sei que você brigou com as meninas, mas continuo gostando de você!”. OI? Hã? Perdi alguma coisa?
Fui atrás! Fui chamada de falsa, adultera, mentirosa, invejosa e mais, onde já se viu, com visitas em casa e eu fui dormir, má educada! Essas foram algumas das palavras proferidas por uma amiga para mim! Esqueci de mimada e que tenho tudo o que quero, mas sou infeliz porque não tenho na hora que quero. E que enquanto eu me preocupo se minha filha tem Barbies verdadeiras, o mundo tem crianças passando fome na África e países estão em guerra. Sem contar, que enquanto eu me preocupo com a marca do notebook que eu vou comprar (?????), eu deveria me preocupar em fazer uma faculdade, afinal, sem faculdade, ninguém chega a lugar nenhum!
Essa minha “amiga” tem um filho. E ela ousou me escrever que, além de eu não fazer faculdade, o pouco que fiz, eu faltei as aulas de “interpretação de texto” (?????????) e enquanto eu me preocupo se na escola em que minha filha estuda tem ballet, ela procura educar o filho dela para fazer uma boa faculdade federal.
Já chorei muito por causa dela e de tudo o que ela me disse, escreveu, pensou, proferiu, fofocou! O que mais me fez sofrer, é que o mais básico ela nunca olhou, eu abri a porta da minha casa para ela!
A palavra tem um poder tão grande, que mata os sentimentos, os sonhos, as amizades, o respeito. Não é de hoje que pensei em escrever esse desabafo muito pessoal. Num cantinho tão voltado para a maternidade, poderíamos pensar, mas o que isso tem haver com ser mãe?  Eu respondo: queremos que nossos filhos hajam assim?! Não estou aqui me colocando como vitima, mas, o que falamos para nossos filhos? E, o que queremos que eles falem!
Imaginem que tristeza seria ouvir seu filho falando um amiguinho de invejoso! Pode até ser que ele seja, mas daí apontar o dedo e julgar! E nós, mães e pais, quantas vezes já falamos “essa criança é impossível, não tem jeito”. Claro que tem! Aquilo que falamos para nossos filhos, é aquilo que queremos dele e para ele. A estrutura familiar é a base, o relacionamento mãe/pai; mãe/avós; mãe com ela mesma. Essa minha “amiga”, não ficou com o pai do filho após o nascimento da criança, quer dizer, tentaram mas não deu certo, e hoje ela infelizmente busca em outros companheiros essa “felicidade”, e para piorar, não aceitou o fato de ser mãe em tempo integral. O filho (palavras minhas e pela convivência pude ‘sentir’ isso) desenvolveu doenças para que a mãe parasse o mundo para ficar com ele, então o pediatra aconselhou que ele não freqüente escolas nem creches até completar 4 anos, e como ela não se dá bem com a mãe nem com a sogra, precisa ficar com o filho! E isso não há faz feliz! Ela quer ser ótima mãe, excelente profissional, perfeita esposa e…… se a gente não é feliz com a gente mesma, nada nem ninguém nos completará!
Acho que me escrevi demais para esse retorno ao blog. Mas é que as coisas foram fluindo e eu precisava de alguns, digamos assim, desabafos no meu divã! Obrigada pela paciência de quem leu tudinho! Agora que voltei a trabalhar, voltarei a escrever e visitar meus cantinhos queridos! Mais uma vez, perdão pela ausência.