NÃO …. não sou à favor da poligamia, Deus nos livre! E aqui em casa é tudo bem certinho, eu e maridinho, maridinho e eu! Tudo super nos conformes. Mas na hora de dormir, não é só eu e maridinho. Temos uma outra pessoa na cama. Sim, outrA, gênero feminino, singular! E mais, essa outra dorme entre a gente, agarradinha no maridinho.

Se tenho ciúmes?!? Nenhum pouco! Se gosto dela?! Demais! Deixo ela ficar entre a gente?!?! Com certeza! Mando ela sair?!? De maneira alguma, sou eu quem deixo!

É pessoal … aqui em casa, a gente tem companhia na hora de dormir. Temos um pequeno frutinho bem princesa que compartilha e, “divide” a cama. Sophia tem dormido conosco.

Tudo começou desde o começo. Ela nunca dormiu no quarto dela, talvez porque ela nunca tenha tido o quarto dela. Quando a gente morava na casa (falando assim parece que era o inferno, mas era), além de ser muuuito frio, não tinha expectativa de passar minha vida toda lá, então nunca investi em decoração, além de não dinheiro. E como casa é sempre mais fria, a gente se “acafofava” num quarto só. Sophia primeiro dormiu naqueles moises (uns cestos, tipo o que Moises foi deixado no rio), depois foi para um berço desmontável, mas ambas as situações no nosso quarto. Primeiro por causa do frio que faz a noite em Curitiba, depois e por conseqüência, levantar nesse frio não é fácil, então ela estando do meu ladinho, qualquer chorinho eu estava pertinho.

Quando nos mudamos para o apartamento, “arrumamos” o quartinho da Sophia, mas ainda deixamos ela dormindo no berço desmontável no nosso quarto. Quando foi próximo ao “Dia das Mães”, eu ganhei um presente da minha mãe: a cama da Sophia. Eu fiz até um post sobre a caminha dela *AQUI*, e como foi maravilhoso aquele momento, o papai montou, Sophia curtiu demais. Depois eu mudei todos os móveis do quarto dela de lugar, e decidimos deixar uma televisão com o DVD no quarto dela, tanto que ela rabiscou toda a parede esses dias, lembram que falei disso *AQUI*.

Quando montamos o quarto, da “primeira” vez, eu a deixava dormir na caminha alguns dias, depois que mudamos a decoração do quarto, comecei a deixá-la dormir em seu quarto todas as noites. As primeiras foram sucesso, depois começou a esfriar e….. Sophia ODEIA coberta, ela é super encalorada, mas não há calor do corpo que resista há uma noite de inverno curitibana, então eu colocava 3 blusas, 2 calças, meia calça, aquecedor no quarto, 2 cobertas e no meio da noite lá estava a mão, parecendo um cubo de gelo. Impossível ficar em paz assim. Então decidi SOPHIA DORME COM A GENTE! Papai super aceitou a idéia. E estamos assim até hoje.

Mas não vou negar que esses dias estava visitando um blog amigo Aventuras do Mundo Materno quando me deparei com esse post e…. na medida do possível me vi em muitas dessas situações. Foi quando parei e pensei: será que a maternidade faz a gente deixar de ser mulher? Mulher que digo é esposa, amante, companheira; aquela que ouve, entende (ou finge que entende), apóia, aconselha. Será que quando nosso frutinho nasce, nasce a mãe e “morre” a esposa? Sério mesmo! Já me peguei varias vezes conversando com o marido e se Sophia respira eu o deixo falando sozinho para ver o que aconteceu. E sem menor peso na consciência. Mas aposto de se fosse ao contrário, eu ficaria muito brava, muito irritada.

Parei e pensei. Puxa vida, estou agindo certa com meu marido?! Será que estou dando mais “importância” para nossa filha e esquecendo totalmente dele.

Infelizmente, ou quem sabe felizmente, eu não tive “tempo de casada”. Durante o namoro, nunca viajamos juntos, eu e ele. Depois de casado, não viajamos nem pra Caiobá (litoral do Paraná, há 100Km – e olha que temos apartamento lá!). Nunca fiz jantar a “luz de velas” para o marido; Nunca ficamos assistindo filme até de madrugada; Nunca fomos à um show, peça de teatro, depois saímos para jantar e chegarmos tarde em casa; Nunca fomos a uma festa e chegamos quase amanhecendo o dia; Não tivemos lua-de-mel. Nossa família nasceu junto com a Sophia. Na verdade, primeiro veio o vínculo entre eu e a Sophia, depois o Ramon apareceu. Primeiro moramos, eu e Sophia, com meus pais, depois fomos morar com o Ramon.

Bateu um peso. Bateu um sentimento de ……. não sei, mas um sentimento de não dar valor, carinho, atenção a quem tanto amo, e mais, sem ele não haveria Sophia, hahahaha!!

É claro que até a primavera chegar, e com ela um pouco de calor, Sophia continuará a dormir conosco. Mas prometo que cuidarei mais do meu marido. Aquele que me deu o maior amor do mundo; aquele que me ama como sou: gorda ou magra; cabelo loiro ou com uma raiz gigante; mal humorada ou feliz; com abrigo ou vestido longo. Obrigada meu amor! E desculpe o desabafo em rede virtual, mas acho que sendo sincera e abrindo meu coração, posso “ajudar” alguém que possa estar passando por isso. Afinal, é por isso que estou aqui!

Amor demais!!!



Tem como não acordar feliz ao lado dessa cena?!?!




Ahhh … Queria agradecer as palavras de carinho sobre a saúde da minha mãe! Ela já está bem melhor. Obrigada pessoal pelo apoio!

Ahhh 2 … No texto sobre o primeiro acidente da Sophia *AQUI* eu escrevi um termo meio odontológico; avulsionou é quando o dente é extraído, retirado do seu espaço biológico. Sorry pelo termo técnico, mas daí vocês vejam como eu narrei os fatos literalmente.