Não é fácil, acordar cedo e digerir um assunto como esse! Depois de uma blogagem coletiva sobre reviver/relembrar a nossa infância, um feriado maravilhoso, vir na blogosfera e falar sobre isso, é de partir o coração e segurar a náusea que o assunto nos dá, principalmente se somos mães! Mas é preciso! Então vamos lá!
A blogagem coletiva foi proposta da Alessandra, do blog Aprendendo com Davi. Confesso que não conhecia esse blog, mas pelo valor da idéia e da campanha que está girando ao redor dessa blogagem, com certeza terá meu carinho!
Antes de começarmos o texto, vamos nos situar no assunto. No dicionário Aurélio, Pedofilia é 1.Psiq. Parafilia representada por desejo forte e repetido de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes. Pedofilia erótica. 1. Psiq. Perversão sexual que visa a criança. Como não sabia o que era Parafilia, fui atrás e descobri que 1.Psiq. Cada um de um grupo de distúrbios psicossexuais em que o indivíduo sente necessidade imediata, repetida e imperiosa de ter atividades sexuais, em que se incluem, por vezes, fantasias com objeto não humano, auto-sofrimento ou auto-humilhação, ou sofrimento ou humilhação, consentidos ou não, de parceiro. [Deste grupo fazem parte o exibicionismo, o fetichismo, a frottage, a pedofilia, o masoquismo sexual, o sadismo sexual e o voyeurismo.] Chega a embrulhar o estômago só de ler, o que dirá imaginar e quem dera ter coragem para fazer uma monstruosidade como essa. Indo parar no Wikipédia, dessa vez fui atrás de Abuso Sexual, e encontrei é a denominação vulgar e legal para designar uma série de práticas sexuais onde há o desvirtuamento de alguns pressupostos necessários para sua ocorrência, tais como a falta de consentimento, ou uso da violência, física ou moral. O abuso sexual interessa ao Direito, pois configura crime, e ainda à Psicologia e Psiquiatria, como potencial causador de traumas emocionais.
Exemplos de abusos sexuais são: Ato sexual forçado, tal como estupro ou curra; Formas psicológicas de abuso, como o uso de frases derrogatórias, como acontece no assédio sexual; A exploração sexual. Meu Deus, me sinto como num octógono de MMA, levando surra sem parar do Anderson Silva, Minotauro, Minotouro, Vitor Belfort e tantos outros lutadores. Meu coração sangra.
Semana passada começou uma campanha na rede social Facebook, sugerindo que mudássemos nossas fotos do perfil por uma imagem de algum personagem de desenho animado ou quadrinhos, como uma forma de “protesto” contra a violência infantil. Muitos foram os que trocaram e ainda publicaram em seus murais tal pedido, em compensação, muitos foram os que se manifestaram “contra”, alegando que mudar uma foto não mudaria em nada a luta. Até escrevi um texto sobre isso, e o compartilho com vocês.
Mudar ou não a foto do perfil do Facebook, eis a questão?
Esta semana começou uma “mobilização” no Facebook, uma espécie de “corrente” (tipo aquela de email), SUGERINDO que trocássemos nossas fotos do perfil por imagens de personagens de desenhos animados ou de quadrinhos afim de lutar contra a violência infantil.
Quando li isso pela primeira vez, confesso que não me chamou muito a atenção, e deixei passar. Hoje, quarta-feira, 05/10 vi que muitos dos meus amigos ou conhecidos haviam mudado suas fotos. Senti vontade de participar. Fui até o site Google, procurei uma imagem de um dos desenhos que mais assisti na vida “Rugrats – Os Anjinhos” e mudei. Assim que mudei, comecei a lei inúmeros comentários sobre isso, desde que era uma brincadeira, passando por um grupo de pedófilos afim de descobrir perfis de crianças até que isso não levaria a lugar nenhum, uma vez que mudar a foto não faria nada a respeito do assunto.
Venho através desta colocar a MINHA opinião, de mãe, mulher, esposa, profissional. Realmente trocar a foto não fará nenhuma diferença para aqueles que cometem algum tipo de violência contra uma criança, mas me faz feliz em ver quantas pessoas se preocupam em querer um dia mudar isso, afinal, se você tiver um filho, irmão mais novo, sobrinho ou qualquer criança em casa, após ler esse pedido, mesmo que ache idiota, quando aquela criança fizer alguma coisa que você se irrite, você com certeza pensará algumas vezes antes de levantar a mão para bater nela. Não há nenhuma ONG, projeto de lei ou qualquer partido político atrás desse “movimento” (não que eu saiba), mas tem uma mãe e um pai felizes em saber que pessoas estão querendo mudar, por si próprias, o rumo do mundo. Se você mudou, seja pelo motivo que for, é porque leu o “pedido” e sabe que existe gente que comente crime contra a vida de crianças.
É tão bonito colocar fotos e vídeos em favor dos animais, com palavras emocionadas … porque não tentar mudar uma pessoa divulgado um gesto tão simples e tão “legal”, relembrar a infância. É tão inteligente criticar o governo e falar mal ou bem dos políticos, mas ninguém pensa que já foi criança e odiava quando o pai/mãe batiam ou tentavam bater porque fez alguma coisa errada. Foi bom levar aquele puxão de orelha porque quebrou algum objeto de decoração da sala ou porque tirou nota baixa na escola!? Tenho certeza que não.
Uma pergunta sem haver necessidade de resposta … quantas vezes, há alguns anos, quando internet era novidade e os emails de corrente começaram, você mandou ao menos uma corrente com medo de ficar sem dinheiro ou esperando que aquele menino/menina que você gostava olhasse para fosse em X dias!? Aconteceu alguma coisa por você ter mandando? E por deixado? Se fosse assim, você estaria sem a pessoa amada, sem dinheiro ou não veria a imagem no fundo da foto … é a mesma coisa agora, ninguém obriga ninguém a nada! Se não quis mudar sua foto, OK, não critique nem julgue! Se trocou porque quis divulgar a campanha ou porque achou divertido, parabéns, você pegou o espírito da brincadeira! O importante é que você sabe que existem pessoas que comente crime contra crianças, seja pedofilia, abuso/exploração sexual, violência física ou moral. Você já foi criança e espero em nome de Jesus que nunca tenha sofrido nenhum tipo de violência, mas se infelizmente sofreu, espero mais ainda que esteja na luta por um mundo melhor.
“(…) Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso.”  Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry
O assunto é polêmico, gera muita revolta, mas precisamos estar cientes de que ele existe, infelizmente. Nossa ação CONTRA tudo isso se baseia em oração, fé e informação. Eu sei que não tenho nenhum desses transtornos, mas não consigo (sozinha) mudar o entendimento de quem tem. Nós, mães e pais, devemos estar informados e pedirmos a Deus sabedoria para ensinar aos nossos filhos. Não é possível identificar se aquela pessoa sofre ou não com essa doença (acredito que quem “pratica” tais monstruosidades, seja doente), por isso, precisamos ensinar nossos frutinhos que, ter conta no Orkut, Facebook ou Messenger enquanto deveriam estar brincando no quarto, por exemplo, pode levá-los a conhecer pessoas ruins.
Eu, Marcella, acredito em nome de Jesus, que se decidimos “fundar” uma blogosfera materna para compartilhar, aprender e ensinar a benção da maternidade (esse é o lema do Mon Maternité), porque não nos unimos contra aquilo que causa tanta dor, trauma, sofrimento aos nossos frutinhos?! Se conseguimos promover um “Mamaço Coletivo”, porque não podemos juntas fazer alguém olhar nossa causa e juntos lutarmos contra aqueles que precisam de ajuda?! Não é brincadeira! Não consigo nem imaginar o sofrimento de uma mãe que tem seu filho vítima de abuso/violência, imagine a cabecinha dessa criança!
Eu luto por um futuro sem sofrimento. Eu lutarei por um mundo melhor para minha filha, pelos meus futuros filhos, sobrinhos, netos e todas as crianças!  
Então disse Jesus: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas.”
Mateus 19:14