Selo da Blogagem Coletiva!

Ao entrar no blog hoje, vi que muitos blogs estavam participando de uma blogagem coletiva e, como boa blogueira que tento ser, eis minha colaboração! O tema proposto pela Ingrid do blog Desconstruindo a Mãe é Como era ser criança na minha infância. Então, vamos lá!
Sou típica “guria de prédio”, como costumam falar. Nasci e cresci dentro de um apartamento, este “coordenado” por uma mãe muito limpa e suuper amante de limpeza, então, não havia chance de tênis sujo, camiseta manchada com tinta ou até mesmo braço riscado de canetinha. Nunca tive massinha de modelar em casa porque podia cair e grudar no carpete. Mas isso nem de longe fez eu viver uma infância triste, pelo contrário, sempre adorei o fato de brincar sozinha. A idéia de ter que ceder e precisar brincar de outro jeito que não fosse o meu me irritava, então eu brincava no meu mundo, no meu quarto.
Não tive amigos imaginários, mas conversava “sozinha” durante as brincadeiras. Não era beeem sozinha, era com os alunos enquanto eu era professora; eram clientes enquanto eu era vendedora da loja de roupas, carros, cd’s; eram pessoas que pagavam as compras do supermercado enquanto eu era a caixa; eram as pessoas que vinham abrir conta ou fazer um depósito enquanto eu era bancária; eram meus namorados enquanto eu brincava de “com a gente mesma” ou meus fãs enquanto eu era apresentadora de programa. Nossa … não imaginava que meu currículo profissional contava com tantas experiências.
Não brinquei muito na rua. Uma porque morei muito tempo em cidade grande, outra (e mais explicativa) é porque eu era (SOU) muito “pata-choca”. Eu sempre era “café-com-leite” nas brincadeiras. Nunca pude dar a volta na quadra para brincar de “balança-caixão” ou “pega-pega”. Se a brincadeira envolvia bola+correr=tombo e choro. E a culpa era sempre da minha irmã que não cuidava de mim! Mais graças a Deus (e tristeza minha), nunca quebrei braço, perna ou levei ponto!
Barbie!?!?! AMO! Sempre desejei ter várias, inclusive com carros, casas, navios e negócios. Mas precisei me virar em mil para criar os mais diversos ambientes. Quando não se tem dinheiro, fita VHS transforma-se facilmente em mesa e cama; aquelas capinhas de fita K7 eram sofás e o edredom da cama eram toalhas de lavabo. Nunca tive um KEN, mas minha amiga e vizinha (a tia Lu) tinha váááários e emprestava um namorado para minha Barbie. Obrigada tia Lu, minha Barbie agradece!
Nunca tive bicicleta, roller, patinete ou aulas especiais. Não tive coleção de bonecas, Barbie ou jogos. Meu sonho era ter banco imobiliária, jogo da vida e detetive. Lembro-me muito bem que aos 10 anos pedi de Natal o Jogo da Vida, puxa, ele era fantástico! Após quatro anos eu o ganhei. Chorei feito um bebê, até perfume passei nas notas!
Não tenho idade para viver de saudosismo e, nem quero viver para dizer “Aqueles eram bons tempos”, mas o fato é que hoje tudo é muito diferente. Meu primo de 8 anos tem 4 video-games e com certeza nunca jogou “bets”, acho que nem sabe o que é isso! Será que é essa a infância que queremos para nossos filhos; Cada vez mais isolados, mais presos dentro de casa, cada vez mais virtuais?!?!
Minha infância foi muito gostosa, brinquei atééé os quinze/dezesseis anos sem medo! Tive pôster dos Backstreet Boys até uns dezessete anos e meu quarto era todo rosa da Hello Kitty até eu sair de casa! Não vejo a hora de poder brincar com minha filha de Barbie, casinha e supermercado.
Vamos aproveitar essa blogagem e que todo mundo se alegra com a infância que teve e vamos passá-las para nossos filhos. Tenho certeza que não desejamos que eles passem por algumas situações que a gente passou, eu não quero, por exemplo, que minha filha tenha apenas 1 Barbie porque não tenho dinheiro, mas se ela tiver uma Barbie que ame e cuide, que seja uma só! Vamos aproveitar que amanhã é dia das crianças, que bate aquela necessidade de ir no shopping e comprar todos os brinquedos lindos e caros da loja para parar e pensar “O que realmente meu filho precisa? Com qual brinquedo ele realmente irá brincar? Qual realmente estimula, desenvolve e o faz interagir?” … esse é o segredo para que lááá na frente, se nossos filhos precisarem fazem um texto sobre a infância deles, eles tenham prazer e alegria em dizer “Foi MARAVILHOSA!!” assim como a gente diz!