É, tenho estado com ela nesses últimos dias, afinal, sei que é coisa de mulher! Não é sempre que ela resolve me “adormentar”, mas de vez em quando ela simplesmente surge, dá uma pontada, uma dor tão aguda que parece que chega a faltar o ar. Tem vezes que tenho vontade de xingar, brigar, me descabelar até ser ouvida E atendida; tem vezes que a vontade  é de passar o dia inteiro deitada na cama, quietinha, pensando e, muitas vezes, chorando. Nem sempre tem remédio para essa dor, infelizmente! Não sei se isso acontece com vocês, mas tem vezes que minha vontade é morrer, esperar essa dor passar e nascer de novo! É uma dor que não se explica muito bem aonde, como, quando nem porque!


O que … você achou que eu estava falando do que?? Tensão pré menstrual?! NÃO!!! Estou falando da Tristeza Pós Maternidade!
Não é fácil percebê-la, as vezes ela vem escondida por uma tensão pré menstrual mais sensível e persistente, as vezes ela vem como uma irritação pelo trabalho, quem sabe ela tenha aparecido como uma implicância com o marido/companheiro, ou ainda tenha surgido em força de uma vontade desesperada de sentar no chão e choraaaaaar até as lágrimas acabarem e, para todas essas e outras demonstrações damos nomes conhecidos e mais “fáceis”, como tristeza, irritação, nostalgia, melancolia …. o que na verdade é o que sentimos, mas não nos damos o direito nem o dever de nomear o motivo, porque “AONDE JÁ SE VIU RECLAMAR DO FILHO, DE SER MÃE, DO MARIDO, DA CASA, DO SERVIÇO …”! Ninguém nos dá a chance de dar nomes aos nossos sentidos e sentimentos. Mas chega disso e vamos falar: ser mãe não é fácil!


Não … não estou dizendo que minha filha ou seu filho nos traz tristeza, longe disso, eles se tornam na hora quem nascem a maior razão da nossa existência! Passamos a não saber mais viver sem aquele pequenino ser, mas é aí que entra a NOSSA tristeza, passamos a viver por eles, para eles e imediatamente nos “anulamos” e nos esquecemos!
O corpo que antes era prioridade, fica para daqui um tempo, agora é hora de me dedicar ao bebê!
A raiz do cabelo que antes era retocada religiosamente passa a ser apenas lembrada em ocasiões especiais tipo: aniversário do frutinho!
As unhas que eram feitas semanalmente passam a ser feitas em casa numa espécie de “empurra que dá” e, deixa eu aproveitar a ida ao salão para retocar a raiz que faço mão e pé!
Aquela depilação dolorida e completa mensal foi substituída por uma gilete “roubada” do marido e, se você conseguiu ir ao hipermercado e passou na sessão de eletroeletrônicos viu um “Satinelle” em promoção e comprou; afinal, sai muito mais em conta se depilar em casa!  
Manter aquele momento sagrado do almoço, onde arrumamos a mesa com amor e carinho, colocamos os alimentos em tigelas e servimos maravilhosamente não existe mais, almoçamos na hora que podemos e o quem de mais prático e fácil de limpar a cozinha … se for no micro ondas melhor ainda!
Hidratação nos cabelos, mesmo que caseira … isso não te pertence mais! Banho demorado com direito a música ambiente … isso não te pertence mais! Ritual de beleza, com direito a creme facial, corporal … isso não te pertence mais!
Tá bom … eu paro! Até porque quem ler isso pode achar que estou falando que ser mãe é péssimo e que depois que o frutinho nascer, a gente definha! Nada disso … que fique muito claro!
O negócio é que a gente sente um amor tão supremo, tão forte, tão intenso que é capaz de nos anularmos completamente como mulheres! Somos capaz de esquecer mãe, pai, irmãos, amigos … até o marido para viver intensamente a maternidade. O “problema” é que o tempo vai voando e quando a gente se dá conta, nos bebezinhos se tornaram crianças e começam a querer ter uma certa independência! Já começam a querer brincar no quarto, assistir televisão sozinhos, querem brincar com amiguinhos e a gente se sente jogada de escanteio e é nessa hora que a gente vai para a frente do espelho e se enxerga como mulher! Bate uma tristeza!
Tá, você pode dizer que sempre se cuidou, faz academia, cabelo, unhas, corpinho bem melhor que antes da gestação mas, aquela sensação de ninho vazio aparece! Você mudou sua vida e, se não mudou, continuou a se cuidar e trabalhar fora se cobra e culpa porque o frutinho está na escola, vovó ou babá!
Ser mãe atualmente exige uma sobrecarga de emoções e sentimentos. A gente continua e quer cada dia mais abraçar o mundo com nossos bracinhos de Tiranossauro Rex! Não dá!!!
É preciso levantar a poeira e dar a bola para cima! Temos o dom da maternidade e somos mulheres felizes sim senhor! Dá vontade de chorar e gritar “por queeeee”, mas só nós temos o privilégio e prazer de ouvir a voz mais doce e amada do mundo falar “mamãe”!!!!
Vamos nos dar o direito de banhos mais demorados e mais almoços mais relaxantes! Quem sabe uma ida ao salão de beleza para uma cor mais ousada nas unhas já faz o maridão não olhar os pelinhos mais compridinhos na perna! Ah, a vovó vai adorar passar uma tarde mimando o frutinho, então dê esse prazer para eles e vamos ao cinema com o marido … quem sabe uma roupinha nova faz a autoestima subir um pouquinho!
Com os frutinhos … que tal fazer um programinha diferente!?!? Aproveite para dar uma caminhada no parque e apresentar a vida “ao ar livre” para o pequenino! Ou quem sabe conferir uma exposição super cult e levá-lo para apresentar algo cultural! Na ida ao shopping, dê uma paradinha na livraria e deixe-o escolher um livrinho novo, com direito a tinta e giz de cera!

Hoje começa o DIA DO DESAFIO lá no Recanto das Mamães Blogueiras! Hora de colocar aquela saída da rotina da mamãe e frutinho no site do Recanto e ainda concorrer a presentes muuuito lindos e exclusivos!!!
Basta escrever um texto e colocar fotos ou vídeo desse momento prazeroso e divertido a dois, três, quatro …. e deixar o link do post num comentário no site do Recanto essa semana. Sábado, 31 de março, será feita uma eleição com o melhores post e os dois melhores ganharam presentes! Clique AQUI e saiba o que você poderá ganhar!
Melhor que ganhar presente, é estar feliz e realizada como mamães. Se a gente consegue dar jeito na dor de TPM com um remedinho, porque não conseguiremos sair desse tristeza que nos insiste em incomodar?!
Que venham as novidades … que venham as maravilhas … que venham as alegrias!!