Sou a primeira mãe que conheço. Parece estranho ler essa frase, até escrevê-la soou esquisito, mas é verdade. Nunca havia convivido com uma mãe. A única grávida que tive contato foi minha tia, mas ela mora há 600km de Curitiba. Acompanhei a gravidez e os primeiros anos de vida do meu primo, João Arthur, de tempos em tempos. Confesso que até ajudei a cuidar dele, mas tudo era uma grande brincadeira de casinha, afinal, eu tinha 15/16 anos. E nunca questionei nem notava detalhes que hoje fazem parte fundamental da minha vida. Lembro-me do dia em que minha tia nos telefonou contando que ele havia se virado, rolado na cama. Para mim, naquela época, era uma notícia “inútil”, afinal, ele deveria fazer sempre aquilo, dormindo por exemplo. Hoje sei que é um passo enorme no desenvolvimento do bebê o momento em que ele se vira de um lado para o outro.
Sophia entrou na escola prestes a completar sete meses de vida, era 31 de agosto de 2009. A escola em que optei matricular Sophia não dava “tempo de adaptação”. Quando soube disso questionei imediatamente a diretora. “Como assim não tem tempo de adaptação. Se ela não se adaptar eu perco o dinheiro da matrícula e primeira mensalidade?”; ela prontamente me respondeu “Quem precisa se adaptar é você, a mãe; não a aluna. Será uma nova etapa, mas não há necessidade de uma semana de adaptação”. Questionei ainda mais “E eu posso ficar na escola acompanhando o comportamento dela?!”; “Se ela vir à senhora, aí é que ela começará a chorar. Se a senhora quiser, pode deixá-la mais tarde e buscá-la um pouco mais cedo que o horário habitual que a senhora costumará deixá-la na escola, mas acredito que qualquer coisa diferente disso será mais difícil. Será mais difícil para a senhora, repito, não para ela”. E assim eu fiz. Era uma segunda-feira, levei Sophia por volta das dez da manhã e a busquei por volta das cinco da tarde. Ela estava ótima.
O “problema” de se colocar um filho pequeno na escola é você acabar delegando (e se acostumando) a escola educar seu frutinho. Não somente na questão do que é certo ou errado, mas também acabar deixando com a escola o papel de desenvolvimento.
Quando procurei por outros blogs, comecei a conhecer (na medida do possível), um pouco do que as mães querem para seus filhos. Existem os blogs em forma de diário, muitos até começam como se estivesse escrevendo uma carta aos filhos, para que no futuro, eles possam saber os sentimentos, medos, desejos e anseios da mamãe naquele início de maternidade. Existem também os blogs que noticiam a maternidade, ou seja, passam de maneira jornalística os fatos; apresentam muitas vezes em terceira pessoa, com ajuda de fontes, sejam elas pessoais, textos científicos ou reportagens publicadas na internet. Tem os blogs que ainda relatam suas experiências e decidem debater com as outras mães leitoras se está certa ou errada. E existem os blogs como o meu, que querem apenas passar as suas experiências para tentar auxiliar alguém que esteja passando pelas mesmas dúvidas, incertezas e certezas.
Com todas essas visitas, pude observar que embora escritas de maneiras diferentes, e por motivos diferentes, existe uma preocupação com essas mães que se dedicam horas por semana em seus blogs em comum: querer o melhor para o desenvolvimento dos seus frutinhos. Seja através de passeios, presentes, brinquedos, alimentação, educação ou relatos, TODAS, inclusive eu, desejam que seus filhos vivam num mundo melhor. E através do blog, do meu blog, posso dizer que hoje eu conheci algo que merece atenção especial, porque atende exatamente a essa preocupação materna: o desenvolvimento.
Hoje pela manhã, Sophia, eu e papai (na verdade o papai ficou envergonhado e por isso não participou), pudemos vivenciar um momento muito único e especial dessa busca pelo melhor desenvolvimento da nossa Sophia. Fomos convidados pela querida Fernanda Roche para uma aula experimental de “Brincadeiras Cantadas” em seu “Criança em Foco – Espaço de Desenvolvimento” . Sem dúvida nenhuma, uma das experiências mais deliciosas que vivi com minha princesa.
Em primeiro lugar, foi maravilhoso “sair” da rotina. Estávamos no Shopping Novo Batel, no centro de Curitiba, mas parecia que eu estava looonge do mundo. Estávamos numa sala tão cheia de brinquedos, tão cheia de um mundo lúdico, tão cheia de mimos, que me senti criança novamente. Depois, pude conviver com uma Sophia que até hoje era desconhecida para mim, a Sophia aluna; uma Sophia que brinca, dança, conversa, interage, “se vira” sozinha e independente de mim. Mas ao mesmo tempo, ela queria a minha aprovação, a minha mão pertinho da dela. Foi emocionante ver o quão independente e desenvolvida ela é/está.
A “Brincadeira Cantada” é diferente de “musicalização”. O objetivo era brincar, interagindo com mamãe/papai/cuidadora, acompanhando a música que era cantada por todos. Eu, como mãe, brincava, cantava e ajudava o desenvolvimento, enquanto Sophia brincava, cantava e desenvolvia questões como: sociabilidade (estávamos em sete crianças/acompanhantes de diferentes idades – 1 à 3 anos); respeito (haviam momentos em que a professora trabalhava com uma criança de cada vez, então deveriam esperar ser chamados); coordenação motora; criatividade; limite. Enfim, pudemos criar um vínculo que até então não havia existido.
Além da brincadeira cantada, o “Criança em Foco” oferece Estimulação para bebês, Playin’ music (estimula através de brincadeiras cantadas os sons que eles têm capacidade de produzir facilmente só por estarem expostos a outra língua), Shantala (massagem milenar indiana), Jornada gastronômica e muitas outras maravilhas que desenvolvem nossos frutinhos.  
Agradeço a querida Fernanda, que me ofereceu a oportunidade de viver esse momento tão inesquecível que vivemos hoje. Muito obrigada pela confiança e pelo carinho.
E deixo aqui minha dica para as mamães que me lêem: aproveitem momentos que parecem tão rotineiros para transformar em momentos prazerosos e estimulantes. Um simples banho pode se tornar uma descoberta fantástica do fundo do mar, por exemplo. Uma música tocando no rádio, pode se transformar numa coreografia bem deliciosa entre vocês. O trajeto casa/escola, por exemplo, pode ser tornar um ensaio de coral.
E para as mães de Curitiba, não deixem de conhecer esse espaço tão maravilhoso, não deixem de conhecer o Criança em Foco. 
Criança em Foco

Brincadeiras Cantadas

Estrutura toda cheia de carinho!!!

Aula de estimulação de bebês