Há algum tempo venho pensando em fazer um post sobre a nossa rotina de banho, mas não sabia se escreveria sobre o banho nos primeiros meses ou nos dias de hoje. Deixei a idéia de lado, até que na semana passada, visitando o site da Revista Crescer  me deparo com um texto muito super haver com meu dilema e decidi … vamos falar do banho hoje em dia! Se bem que para falar do banho de hoje serei obrigada a contar o começo … então juntaremos o útil ao agradável!
O período da gestação não foi muito fácil na minha vida. Eu ainda não sabia se real situação $$$$$$ do Ramon, ainda achava que meu “golpe da barriga” (como muitos me acusaram) havia dado certo, até o dia em que fomos a uma loja e eu gostei de uma banheira com trocador. Ela era linda, tinha aquele espaço interno antiderrapante, colorida, alta e com preço elevado. Quando falei para ele “Vamos levar essa?!”, ele olhou para mim e disse “Não, eu não tenho dinheiro!”. Fiquei triste mas pensei “Puxa, ela é bem mais cara que as demais, vou olhar uma mais barata”, aí fui para aquelas tradicionais, com trocador também, mas sem nenhum luxo; “Então vamos levar essa aqui, a metade do preço e bonitinha”, ele mais uma vez me olhou e disse “Amor, eu não tenho dinheiro” e continuou “Já falei com minha mãe, a Valeska (nossa cunhada) vai  nos emprestar a da Agatha (nossa sobrinha)” … sério, naquela hora eu precisei respirar fundo e não pensar “E agora?!?!”. Precisei segurar o choro e esconder a total frustração da minha vida.
Infelizmente ele não tinha nenhum dinheiro, a única coisa que ele comprou foi o carrinho/bebê conforto, o resto, não havia dinheiro. Foi um dos piores momentos da minha vida me deparar com esse situação, afinal, como seria depois que fossemos morar juntos. Mas ficar com meus pais seria o final do nosso relacionamento, conheço meus pais e me conheço, não ia aceitar ele ir toda noite e ficar uma/duas horas e no dia que não fosse seria pior ainda. Então omiti essa situação para meus pais e “vendi” para eles a idéia que o empréstimo da banheira foi idéia minha (será que se tivesse sido honesta as coisas não seria bem diferentes!?!?! #pesonaconsciênciamodeon).
A banheira chegou e com ela o sentimento de derrota, frustração. Não, eu sou super grata a minha cunhada, mas sabe quando você não queria viver aquela situação. A banheira era daquelas com trocador, como as que a maioria tem, mas não cabia no banheiro da casa dos meus pais, no box seria um caos enchê-la e no quarto, por ser carpet era um risco, então compramos aquelas que vendem no supermercado e dávamos banho no quarto, sobre o móvel. Não preciso nem falar que o móvel hoje está destruído.
Os primeiros banhos foram dados pela minha mãe. Ela envolvia Sophia naquelas fraldas de pano para não haver nenhuma dúvida em que ela poderia escorregar das mãos e evitava contato direto da unha sobre a pele na minha princesa. Mas eu nunca tive medo, embora também nunca tivesse dado banho em bebês pequenos, minha única experiência com banhos era no meu primo, onde dava tomávamos banhos juntos e eu amava, sempre desejei dar banho assim na Sophia. Logo no terceiro dia eu já me arrisquei a dar banho e me descobri! Era um momento tão único. Como não amamentei direito, o banho era meu delírio! Ali ficava minutos (a vontade era escrever hooooras, mas seria uma baita mentira) admirando meu frutinho, tão feioso, tão pequeno, tão perfeito. Assim foram quarenta, cinqüenta, sessenta dias na casa dos meus pais, até que era chegado o momento de me mudar. E eu teria que usar a banheira emprestada.
Quanto choro, quanta frustração, mas fui firme. Acho que por esses sentimentos que fui inflando, inchando, engordando. Mas nos primeiros meses de vida da Sophia eu ainda ia diariamente à casa dos meus pais, então Sophia continuava a tomar banho da minha mãe. Aí teve o assalto na casa e eu voltei a morar com meus pais e o banho continuava a ser dado na banheira do mercado.
Quando voltei a trabalhar, Sophia recém tinha completado sete meses, então o banho já havia se tornado uma diversão. E foi aí que eu passei a dar banhos diários em Sophia. Mas a lembrança e sofrimento pela banheira nunca saíram da minha vida. Para completar o sentimento de tristeza, a banheira já estava beeem velinha e bem gasta e começou a enferrujar. Minha preocupação aumentava, mas nada podia fazer, o Ramon não podia comprar outra e pedir para meus pais seria um problema, então fiz minhas gambiarras. Colocava a banheira em cima do trocador, além de ficar mais alta, Sophia não tinha contato com a ferrugem. Mas pense o medo daquilo quebrar?! Cada banho era uma oração! Deus foi fiel e nunca permitiu que nada acontecesse.
O tempo foi passando, Sophia crescendo e ficando mais firme e segura. Até que nos mudamos para o apartamento em que moramos hoje, onde dou Glórias a Deus diariamente. No primeiro dia, quando fui preparar o banho da Sophia e … a banheira não cabia no box!! Ao contrário da minha mãe, o piso aqui é de madeira, daqueles tacos, e por ser alugado, não há menor chance de mancharmos o piso. Então o que fazer!?!?! Realizar meu sonho e dar banho, quer dizer, tomar banho junto com Sophia.
Como executar?! Peguei uma toalha de banho e coloquei no chão do banheiro, e ali ela ficaria sentadinha, sem nenhuma chance de escorregar, deixei a roupa previamente separada e avisei o papai “Quando terminar, eu grito e você a pega”. E assim foi o melhor e mais maravilhoso banho da minha vida. Descobrimos um momento tão único, tão simples e tão maravilhoso. Ao som de “Banho é bom” aquela musiquinha do “Castelo Ra Tim Bum” nos divertimos demais!!!  Gritei pelo papai, ele a buscou e todos estávamos limpinhos e cheirosinhos.
Só que na semana seguinte o estúdio do papai começou a funcionar, e ele ficava lá todos os dias atééé umas onze horas, então, como seria o banho. Ah, toda mãe tem seu jeito, comecei a deixar a roupa pronta, e saíamos as duas de toalha. E assim foram os primeiros dias, meses da nossa nova história. E é assim até hoje. Dou glória a Deus por estamos nesse apartamento, lá na casa não tinha box, então não tinha segurança de tomar banho com Sophia assim, aqui não, fica quentinho e ela está segura!
Com essa nova fase de banho, papai também já aderiu a técnica e adora dar banho na pequena; ele diz que uma das poucas lembranças que tem com o pai é dos dois tomarem banho juntos e ele sempre quis realizar essa lembrança com Sophia. Posso afirmar que hoje Sophia pede para tomar banho com o papai. Eu acho lindo!!
O texto da Revista Crescer era sobre isso, tomarmos banho, nos trocarmos na frente de nossos filhos. Eu nunca tive problemas com isso e nunca vi nenhum problema. Eu sou a mãe, Ramon o pai e acho que isso não há nada de errado. Sophia enxerga e pergunta sobre as diferenças, embora ainda ache o mais “engraçado” os seis, e ela já repara que eu tenho (Uhhhh, quem vê pensa que sou a Mulher Silicone)  e ela não tem! Respondo que somos meninas, temos seios, perereca e usamos calcinhas, e o papai é homem, tem barba, pipi e usa cuequinha. Ela entende e até associa aos amiguinhos da escola. E acho tudo muito certo e normal. A única coisa que não gosto é a psicologia dizer que não devemos infantilizar os nomes das genitais, serio mesmo, isso não entra na minha cabeça. Não quero minha filha falando “Olha, o pênis do papai” … ahh não, isso não!!!
Banho na vovó!!
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