Já compartilhei aqui no blog como escolhi a escola onde minha filha estudaria no berçário. Muita gente me pediu para contar também como foi o processo da escolha da escola na fase seguinte — aquela entre os quatro e cinco anos, conhecida como pré-escola.
E aqui estou, abrindo o coração novamente.
Quando decidi voltar ao mercado de trabalho, meu maior desejo era garantir que minha filha tivesse o melhor dentro das nossas possibilidades. E isso incluía uma escola que fosse mais do que um lugar seguro. Queria um espaço que cuidasse, estimulasse, alimentasse e participasse da formação da Sophia como pessoa — mesmo tão pequena.
Lembro até hoje quando ela completou quatro anos e passou para o que, na escola dela, chamam de Nível 4 — o nosso conhecido Jardim I ou Pré I. E embora eu acredite que nenhuma escola será “perfeita” aos nossos olhos de mãe (porque perfeição, pra nós, seria estar 24 horas por dia ao lado dos nossos filhos), acredito sim que dá para fazer uma excelente escolha. E é sobre isso que quero te ajudar agora.
A seguir, listei os principais pontos que eu considerei — e que muitas outras mães também avaliam — na hora de decidir qual escola é a ideal nessa fase da educação infantil:

🧠 1. Ensino: o que você espera?
Algumas escolas defendem que crianças de 4 e 5 anos não precisam ser alfabetizadas ainda — isso fica para o ensino obrigatório, que começa aos 6. Outras acreditam que, desde cedo, os pequenos podem ser estimulados a aprender letras, números, ler e escrever.
Então aqui vai a primeira reflexão: o que você quer para o seu filho neste momento? Um espaço mais voltado para o lúdico e para a brincadeira? Ou um lugar onde o ensino já começa a ser introduzido de forma leve?
Vale pesquisar os diferentes métodos de ensino: construtivista, tradicional, Montessori, Waldorf, entre outros. Se quiser começar, este post aqui pode te ajudar!
📍 2. Localização: um fator mais importante do que parece
Parece simples, mas uma escola longe de casa ou do trabalho pode se tornar um pesadelo logístico. Converse com outras mães sobre os deslocamentos diários e pense no seu trajeto e na rotina da sua família.
Conheço mães que mudaram de escola porque o trânsito estava tornando a rotina um estresse — para elas e para os pequenos. Um deslocamento de 20 minutos de manhã pode virar mais de uma hora na volta. Isso cansa demais uma criança.
💸 3. Preço: o sonho precisa caber no orçamento
Antes de ser mãe, eu dizia que meus filhos iriam estudar em tal escola dos sonhos de Curitiba. Quando a realidade bateu (junto com as mensalidades!), percebi que é fundamental pensar no orçamento familiar de forma responsável.
Escolher uma escola que pesa no bolso pode gerar culpa, estresse e limitações para outras áreas da vida. Avalie com calma e pense no futuro — afinal, essa despesa será mensal e contínua por anos.
🧱 4. Valores: os da escola e os da sua família
Aqui entram dois tipos de valores: os de caráter (ética, respeito, diversidade) e os financeiros.
É claro que muitas vezes queremos dar o melhor ensino possível. Mas será que a escola escolhida está alinhada com a realidade da sua família? Vai ser saudável para a autoestima do seu filho conviver com colegas de uma realidade social muito distante da dele?
Uma amiga minha viveu isso: a filha começou a se sentir deslocada por não ter os mesmos brinquedos, viagens ou roupas dos colegas. E isso pode doer mais do que a gente imagina.
📚 5. Material escolar: quem paga o quê?
Hoje em dia, a lista de material escolar mais simples e básica pode ultrapassar o valor de um salário mínimo facilmente. Por isso, busque saber se a escola fornece o material por um valor extra ou se cada aluno é responsável pela aquisição de todo material. Isso evita comparações e alivia a carga financeira e emocional.
⏰ 6. Horários e períodos: escola que encaixa na rotina
Se você trabalha fora, esse item é essencial. Verifique se a escola oferece meio período, integral e até tempo estendido para chegada e saída, considerando os horários do seu trabalho e possíveis atrasos por trânsito, por exemplo.
Uma escola com horários rígidos pode virar um problema — mesmo sendo maravilhosa em outros aspectos.
🥗 7. Alimentação: lancheira ou cardápio incluso?
Algumas escolas pedem que os pais enviem o lanche todos os dias. Outras oferecem alimentação completa.
Aqui, a pergunta é: você terá tempo, energia e planejamento para preparar uma lancheira diária? Ou prefere pagar um pouco mais e garantir refeições preparadas e equilibradas?
Lembre-se: lancheira saudável exige rotina e paciência. E nem sempre conseguimos manter isso com a correria.
🧸 8. Atividades extracurriculares: um diferencial e tanto
Você quer que seu filho experimente diferentes atividades, como natação, ballet, futsal ou informática? Algumas escolas já incluem ou oferecem essas opções no contraturno.
Isso pode ser uma mão na roda, evitando que você precise levar a criança para outros lugares após a aula.
Eu mesma optei por todas as atividades disponíveis. Já estava pagando mesmo… então que ela aproveitasse!
👩🏫 9. Formação dos profissionais
Investigue a formação da equipe pedagógica. Os professores têm formação em Pedagogia? Letras? Qual a experiência deles com essa faixa etária?
Você está deixando seu bem mais precioso nas mãos dessas pessoas. Informação é proteção — e escolha consciente.
👕 10. Uniforme: praticidade que faz diferença
Uniforme é vida! Evita brigas de manhã, reforça o sentimento de pertencimento e ainda ajuda na segurança — tanto no trajeto quanto dentro da escola. Se a equipe também usa uniforme, ainda melhor: os pequenos sentem mais confiança.
🗓️ 11. Férias: lembre-se da sua agenda
Se você trabalha fora, preste atenção nas datas do calendário escolar. Algumas escolas dão férias em dezembro/janeiro e julho, somando mais de 45 dias de recesso.
Veja se a escola oferece colônia de férias ou atividades nesse período. Afinal, a maioria de nós tem só 30 dias de férias no ano — e é preciso planejar.

No fim das contas…
A escolha da escola na pré-escola envolve razão, emoção e realidade.
Espero que esse guia te ajude a refletir com calma sobre o que é mais importante para você e sua família. E se eu lembrar de mais alguma dica valiosa, volto aqui e atualizo o post. Combinado?
Ah! E me conta nos comentários: qual foi o ponto mais difícil ou decisivo para você nessa escolha?
Beijos e até a próxima!
Um comentário neste post
Adorei! As minhas preocupações são as mesmas!