A vitamina D é muito importante para os humanos. A substância na verdade é um hormônio produzido pelo próprio corpo. Pois é, mas, quando foi descoberta, acreditava-se que ela só poderia ser adquirida por meio de alimentos. Foi na década de 70 que os cientistas descobriram que a vitamina era, na verdade, um hormônio e não uma vitamina, mas sua nomenclatura já estava consolidada e assim ficou mesmo.

Além das suas funções mais conhecidas relacionadas à saúde dos ossos, é responsável também por outras atividades, como trabalhar como regulador do crescimento, sistema imunológico, cardiovascular, músculos, metabolismo e insulina, por exemplo.

Reprodução: Pixabay

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, ou seja, solúvel em gorduras e óleos. Ela consegue ser produzida naturalmente no organismo através da exposição da pele à luz solar. Ela também pode ser obtida, em maiores quantidades, por meio do consumo de alguns alimentos de origem animal, como peixes, gema de ovo e leite, por exemplo.

Quem diria que expor-se ao sol diariamente, nem que seja por 15 minutos, já pode fazer uma grande diferença na saúde e qualidade de vida, né? Esse hábito traz benefícios, pois além de estimular a produção da vitamina D que atua em diversas funções no organismo, fornece mais disposição e bem-estar para encarar o dia.

Mas, e quando moramos em Curitiba, cidade mais cinza desse país, quem sabe do continente e ainda estamos em meio a uma pandemia, mantendo o isolamento social como principal medida para conter o avanço da Covid-19, como podemos tomar a nossa dose diária de sol? Nem todas as pessoas possuem um local adequado para isso em seus lares. Eu, por exemplo, mal tenho acesso a um raio de sol sequer. E muitos parques, clubes ou mesmo outras áreas de lazer estão com uso restrito para evitar contaminação.

Sabemos que a exposição aos raios UV deve ser controlada, uma vez que esse é o principal fator de risco para o câncer de pele, mas, ainda assim, é de suma importância procurar uma maneira de garantir a dose diária de vitamina D.

QUAL A FUNÇÃO DA VITAMINA D?

A vitamina D tem inúmeras funções no organismo, sendo uma das principais a regulação da concentração de cálcio e fósforo no organismo, favorecendo a absorção desses minerais no intestino e regulando as células que degradam e formam os ossos, mantendo os seus níveis no sangue.

Quando há deficiência de vitamina D, pode haver uma fraqueza muscular e elevar o risco de quedas e fraturas em pacientes com uma inadequada massa óssea.  Quando a vitamina D age no seu corpo ela se transforma em um “poderoso hormônio” chamado calcitriol.

Para as gestantes o consumo da vitamina D é ainda mais essencial. De acordo com especialistas, a gestação é considerada um período crítico e a deficiência desta vitamina estar associada ao desenvolvimento de algumas complicações, como diabetes mellitus gestacional, vaginose bacteriana, pré-eclâmpsia e até o baixo peso do recém-nascido. Além disso, pode se relacionar também com alguns diagnósticos tardios, como baixa massa óssea e aparecimento de marcadores de risco cardiovascular nas crianças em idade escolar.

Durante a gestação, a vitamina D é apontada como essencial para o equilíbrio do cálcio e do fósforo, tanto no organismo materno, como no fetal. Nas gestantes com risco de deficiência, o tratamento pode trazer benefícios para a mãe e para o bebê.

Reprodução: Freepik

Sabemos que a exposição aos raios UV deve ser controlada, uma vez que esse é o principal fator de risco para o câncer de pele,  mas são os raios ultravioletas do tipo B (UVB) os responsáveis pela síntese dessa substância em nosso organismo.

PARA QUE SERVE A VITAMINA D?

Reprodução: Freepik

A vitamina D é necessária para diversos processos do organismo e, por isso, é importante que a sua concentração no sangue esteja em níveis adequados. As principais funções da vitamina D são:

Fortalecimento de ossos e dentes, pois aumenta a absorção de cálcio e fósforo no intestino e facilita a entrada desses minerais nos ossos, que são essenciais para a sua formação;

Prevenção da diabetes, porque atua na manutenção da saúde do pâncreas, que é órgão responsável pela produção de insulina, o hormônio que regula os níveis de glicose no sangue;

Melhora do sistema imune, as células que fazem parte do sistema imunológico, como os linfócitos, têm receptores para a vitamina D, que atua no fortalecimento do sistema de defesa, auxiliando na prevenção de infecções bacterianas e virais;

Redução da inflamação do organismo, porque diminui a produção de substâncias inflamatórias e ajuda no combate à doenças autoimunes, como psoríase, artrite reumatoide e lúpus, sendo necessário nesses casos o uso de suplementação de acordo com a orientação médica;

Prevenção de doenças como esclerose múltipla e alguns tipos de câncer, como de mama, próstata, colorretal e reinal, já que participa no controle da morte celular e diminui a formação e proliferação de células malignas;

Melhora da saúde cardiovascular, pois atua diminuindo a pressão arterial e o risco de hipertensão e outras doenças cardiovasculares;

Fortalecimento muscular, já que a vitamina D participa do processo de formação dos músculos e está ligada a uma maior força e agilidade muscular

MELHOR HORÁRIO PARA TOMAR SOL

Uma dica para saber qual o melhor horário para tomar sol é quando a sombra do corpo é menor que a própria altura. Isso normalmente acontece entre as 10h da manhã e 15h da tarde, devendo-se evitar a exposição prolongada ao sol nos horários mais quentes do dia, entre as 12h e às 15h, devido o risco de câncer de pele.

Reprodução: Freepik

O nível de vitamina D produzido pela pessoa depende de vários fatores, como a região onde se mora, a estação do ano, a cor da pele, os hábitos alimentares e até do tipo de roupa que se usa. Por isso, de maneira geral, indica-se uma exposição de cerca de 25% da superfície corporal ao sol, ou seja, expor os braços e as pernas ao sol, por cerca de 5 a 15 minutos por dia.

QUAIS ALIMENTOS É POSSÍVEL ENCONTRAR VITAMINA D

Para suprir a necessidade diária de vitamina D, é necessário o consumo de grandes quantidades desses alimentos. Por isso, a principal fonte no nosso organismo vem da sua síntese na pele, por ação da luz solar. Mas você pode encontrar em alguns poucos alimentos, como peixes gordurosos, óleo de fígado de bacalhau (#gostodeinfância) e cogumelos secos. Leite, ovos e fígado bovino também têm a vitamina, mas em menor quantidade. 

Reprodução: Freepik

Mas atenção: a Sociedade de Endocrinologia e Metabologia – SBEM, faz um alerta importante para os riscos das chamadas megadoses de vitamina D, muitas vezes divulgadas pela internet inclusive para tratamento da Covid-19. Elas não devem ser utilizadas por riscos de intoxicação grave e por falta de evidências científicas que as justifiquem. é prudente recomendar que se evite a deficiência de vitamina D. As doses padrões estabelecidas pelas tabelas nutricionais, variam entre 800 e 2 mil unidades internacionais (UI) por dia para adultos e idosos. Essas doses são seguras e suficientes para evitar deficiências graves. Qualquer sintoma ou dúvida, procure um profissional de saúde especializado.