Os dias frios estão chegando e a umidade do ar está baixa, dias típicos de outono e inverno, não é mesmo? E com esses dias, as doenças respiratórias aparecem e começam a fazer suas vítimas. Nariz escorrendo, tosse, dificuldade para respirar e irritação na garganta são alguns sintomas. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice ideal de umidade do ar para manter a saúde é em torno de 60%. Nesta época do ano, esse volume cai para 30% e, com isso, os problemas respiratórios e as infecções por vírus e bactérias se tornam mais frequentes. 

Em dias frios, é comum que as pessoas acabem tirando dos armários casacos, cachecóis, cobertores, luvas e edredons que estavam guardados há muito tempo e junto com eles vêm também os ácaros, vírus, fungos e bactérias, que causam doenças comuns nesta época. 

Além disso, médicos especialistas destacam que isso as doenças respiratórias aumentam porque as quedas de temperatura deixam o ar mais seco, favorecendo a circulação de vírus e bactérias. O frio faz com que as pessoas tendem a ficar mais tempo em ambientes fechados, o que aumenta o risco de contágio. 

Idosos e crianças apresentam mais chances de sofrer com estas doenças porque elas têm sistemas respiratório e imunológico mais fragilizados. Para estes, dias frios costumam chegar acompanhados de nariz congestionado, tosse, dores no corpo e febre. 

O que é a asma?

​Uma dessas doenças é a asma. Estima-se que ela afeta de 4 a 10% da população mundial e é uma das principais causas de internações de crianças de até 6 anos de idade. 

A asma é uma doença alérgica que se caracteriza por uma inflamação crônica das vias aéreas. Ela é causada por fatores genéticos, mas não necessariamente é transmitida hereditariamente. São vários os fatores que podem levar a episódios de asma. Entre eles estão o contato com agentes alergênicos como poeira, ácaros, pelos de animais e pólen. As crises também podem se manifestar como decorrência de infecções respiratórias virais como gripes. Para algumas pessoas, a fumaça de cigarro, a poluição do ar e alguns aerossóis também são fatores desencadeantes dos sintomas, assim como variações climáticas bruscas.

Sem cura, mas com tratamentos eficazes.

Embora não tenha cura, é possível ter boa qualidade de vida quando se realiza o controle adequado. Beber bastante água, realizar sempre a higiene nasal, trocar a roupa de cama a cada semana são algumas das dicas para melhorar os sintomas.

Outro ponto que merece atenção é o calendário vacinal. A vacina contra a gripe protege contra os diferentes tipos do vírus Influenza e está disponível nas redes pública e privada. Ela ajuda o corpo a desenvolver imunidade contra a gripe e ainda combater complicações como pneumonia e outras doenças do sistema respiratório. Além de ser um aliado de quem quer fugir de unidades de saúde e hospitais – em tempos de Covid 19, qualquer forma de proteção e prevenção contra exposição a lugares com aglomerações deve ser levada em conta.

Indicada para crianças a partir dos 6 meses, adultos, idosos, grávidas, pessoas com sistema imune comprometido e portadores de doenças crônicas, a vacina requer aplicação todos os anos, porque o vírus que provoca as doenças sofre muitas mutações. Isto é, as vacinas de anos anteriores perdem a eficácia e por isso é necessária uma nova formulação da vacina todos os anos. Outra orientação importante é quanto ao intervalo entre as aplicações da vacina de gripe e COVID-19. De acordo com infectologistas, a recomendação é respeitar o espaço de 14 dias entre as doses, ou seja, pacientes que tomaram as vacinas contra o novo coronavírus, que precisam de 2 doses – como é o caso da Pfizer e Coronavac – devem primeiro receber as duas aplicações dessa vacina e só depois a da gripe, respeitando o intervalo de 2 semanas após a 2ª dose. Se o paciente recebeu vacinas que precisam de um intervalo maior entre as doses – como a AstraZeneca – a vacina da gripe pode ser administrada entre as 2 doses, desde que seja respeitado o período de 2 semanas a partir da 1ª dose. 

Além da vacina, vou listar outras orientações importantes para enfrentar os vilões da saúde em períodos mais frios: 

• Como o vírus causador da gripe costuma circular em ambientes fechados, é essencial manter os espaços ventilados e arejados; 

• Nos dias mais frios, os ácaros, aqueles agentes que provocam as alergias respiratórias, se proliferam com mais facilidade, por isso é importante dedicar horas a mais do dia na higienização de tapetes, sofás, pelúcias; 

• Se alimentar de forma adequada e investir em uma dieta rica em frutas e verduras, além, é claro de se manter hidratado, bebendo cerca de 2 litros de água por dia; 

• Se precisar sair de casa, não deixar para trás máscaras, os casacos e ter em mãos álcool gel sempre;